"Os doces momentos vividos no limbo do profundo tártaro
não serviram para me deleitar nos braços de perséfone
Me vi, lançado, sem vida num mundo bárbaro
Desde que percebi o corpo aveludado
até as últimas trincas do coração despedaçado.
Estavas completa mais sem mim.
Eros me flexou com o fogo ardente do extase inebriante da carne
E tola, me lançei perdidamente em seus braços
Pq sequer imaginaste que, ver-te sair pela porta da frente de nossa casa me adoeci de loucura
Me entorpeci em devaneios que levaram minha sanidade
Sabia, que decerto seria queimada por toda cristandade,
Pensavas só em tua posse doente de ti,e de mim mesma.
O gelo do hades incendiou minha alma
Num sentimento carnal de vazio
A ti entregara toda minha calma
E este amor, sabias que decerto era tardio,
Sem sombra de receio, arrancaste de uma vez todos meus devaneios de amor
meu coração dorme agora enfeitiçado pelos braços de Morfeu
a letargia sucede em fogo frio que ainda não morreu
E na solidão dos meus dias agonizo,e sofro, assim, com esta tenra dor.
Temo que essa maldita loucura me leve tudo aquilo que nem mais tenho de mim
Minhas palavras morrem em um grito suplicante de agonia e êxtase
Numa nefasta idéia de amar-te, e suicidar-me, sem fim,
e por fim,
de todo mal que poderia desejar-te,
desejo partindo,que faças bom proveito de ti..."